Nos tempos de Moisés - Depravação Total, Eleição Incondicional e Perseverança dos Santos
1. DEPRAVAÇÃO TOTAL A depravação da raça humana pode ser visto no ambiente de Israel e na raça humana como um todo. Os egípcios que tentavam destruir Israel prova a mesma realidade da natureza de Caim em nível nacional. O texto fala da matança nacional dos infantes israelitas. Nunca devemos perder de vista que Faraó era um homem terrível de pecado e rebelião contra Deus. O endurecimento do seu coração foi um ato de juízo de Deus pela sua persistência em rebeldia contra Deus, o mesmo que pode ser dito dos egípcios. O povo de Israel também revelou claramente a depravação total. Podemos ver Israel murmurar contra Deus depois de dois meses de salvação do Egito, (Ex 16:2,3). Outro episódio importante é o pecado da idolatria em Israel (Ex 32), depois de 40 dias que receberam a Lei, já estavam agindo como pagãos. Arão e Moisés conheciam muito bem a depravação total de Israel. (Ex 32:21-22: Deut 9:24).O capítulo 9 de Deuteronômio é a expressão máxima de como Deus opera sua salvação de maneira soberana por causa de sua promessa. Vejamos alguns elementos: depravação (Dt 9:6-7, 23-24); expiação limitada (Dt 9:21) eleição incondicional (Dt 9:27-29). Tentaram destruir os que convidavam o povo a crer (Nm 14:1-12). Moisés também não estava fora desta condição, (Nm 19:12). 2. ELEIÇÃO INCONDICIONAL Deus escolheu Moisés dentre tantos outros, o preservou durante a matança dos infantes e providenciou soberanamente tudo o que era necessário para sua missão. Embora, isto não seja eleição para a salvação, demonstra a doutrina da eleição soberana.A escolha de Israel, mesmo não sendo todos para a salvação, é o princípio eterno de como Deus salva o pecador, (Dt 7:6-11). Sociologicamente falando, por que Deus não usou de misericórdia para com os outros povos, dando-lhe uma oportunidade para a salvação deles também, se todos eles eram pagãos? Exatamente porque desde o princípio Deus não planejou salvar a todos, e sim a alguns. Israel representa o pecador eleito dentre tantos outros. Outros textos que provam essa verdade está em Dt 10:15; 4:10. 3. PERSEVERANÇA DOS SANTOS A prova da perseverança dos santos é a própria vida de Moisés, que apesar de não ser perfeito, perseverou em obediência (não obediência perfeita) e andou com Deus. Foi considerado “o homem de Deus” (Dt 33:1) e “Moisés meu servo”, (Js 1:2). Josué e Calebe foram reconhecidos pela fé e obediência a Deus. Sem duvida, muitos israelitas dentre aquela multidão permaneceram firmes na fé e obediência a Deus.O período Mosaico é caracterizado pela ênfase na observância da lei do pacto. Vejamos o que diz Ex 19:5-6. Neste texto, Deus não está estabelecendo uma maneira pela qual os israelitas se tornariam seu povo. Deus estava estabelecendo uma maneira pela qual Israel deveria manter sua posição de povo do pacto. Deus os havia salvado da escravidão, e agora, Ele estava dizendo como eles deveriam viver como Seu povo. Esta foi a finalidade da Lei: dizer aos crentes como eles devem viver com Deus. Ela nunca foi dada como caminho de salvação, o que foi uma perversão dos fariseus, judeus incrédulos. É assim que devemos ver a Lei do pacto sinaítico: como o pacto da graça e não de obras.Notemos que as provisões da Lei são para o relacionamento e aproximação do pecador com Deus. É a isso que tanto o tabernáculo quanto o templo estavam destinados. A verdade é que a Lei foi dada depois da salvação, e não antes. Significa isto que a Lei não é ordenada aos incrédulos? Não. Deus ordena a todos os homens as mesmas coisas. Com uma única diferença: Aos eleitos Deus providencia uma maneira de satisfazer a própria Lei em lugar deles: Cristo.A perseverança dos santos era mantida eficazmente pela provisão do holocausto contínuo e das ofertas contínuas, (Ex 29: 38-46; Lv 6:8-13). A idéia ensinada nas ofertas contínuas é que há necessidade de um sacrifício de eficácia contínua para pecadores. Essa é a mesma obra de Cristo: ele não resolveu apenas o problema da nossa transgressão em Adão, mas também os nossos pecados de todos os dias, (I Jo 2:1-3). Por que havia necessidade de sacrifícios contínuos e do dia da expiação além dos sacrifícios que os israelitas já ofereciam pelos seus próprios pecados? Era exatamente porque eles não tinham condições de oferecer um sacrifício para cada pecado. A oferta por um pecado não significava salvação, mas perdão daquele pecado. Mesmo assim, cada israelita tinha multidão de outros pecados pelos quais nunca teriam condições de fazer expiação. Eles teriam que estar continuamente debaixo do sangue. E isso é exatamente o que Cristo fez. Além de nos salvar, ele ainda nos mantém salvos, pois tanto nossa trangressão em Adão quanto nossos pecados atuais são “engolidos pelo abismo da justiça de Cristo”(Lutero). Extraído de: http://teologiaselecionada.blogspot.com/search/label/calvinismo por Moisés C. Bezerril Um Canal Reformado! Sempre reformando!
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